Brincar na EJA, e isso pode? O lúdico como mecanismo para a alfabetização geográfica e inclusão no ensino de jovens e adultos no Recife

Janiara Lima

doi:10.53455/re.v4i1.193

Autores

Janiara Almeida Pinheiro Lima Secretaria da Educação do Recife https://orcid.org/0000-0001-5183-7693

DOI:

https://doi.org/10.53455/re.v4i1.193

Palavras-chave:

EJA, Ensino de Geografia, Lúdico

Resumo

Contexto: O presente trabalho refere-se a uma intervenção pedagógica realizada em turmas da modalidade de Educação de Jovens e Adultos - EJA - Anos Finais, na Escola Municipal em Tempo Integral São Cristóvão, localizada na periferia da zona norte do Recife-PE. O objetivo geral foi proporcionar uma aprendizagem significativa dos estudantes do EJA sobre o conteúdo das camadas da Terra, por meio do brincar e do lúdico. Metodologia: A metodologia adotada baseou-se na abordagem colaborativa, utilizando procedimentos como aula expositiva dialogada, exposição de vídeo curto, jogo virtual da plataforma digital wordwall, desenho para colorir, construção de globo terrestre com massa de modelar, descoberta do comportamento das camadas da Terra a partir do corte do globo e roda de conversa. Considerações: Os resultados alcançados incluem o engajamento estudantil, a compreensão contextualizada dos conteúdos, a inclusão de estudantes analfabetos e autistas no processo de ensino-aprendizagem e a reflexão docente sobre o ensino por meio do lúdico e do brincar. Conclui-se que o lúdico revela que aprender pode ser divertido, independentemente da idade ou etapa/modalidade de ensino, possibilitando a construção de aprendizagens significativas de forma inclusiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janiara Almeida Pinheiro Lima , Secretaria da Educação do Recife

Mestre em Geografia pela UFPE. Atualmente é professora efetiva da Secretaria de Educação do Recife, atuando como professora efetiva de Geografia do Ensino Fundamental - Anos Finais e na EJA - Anos Finais, na Escola Municipal de Tempo Integral São Cristóvão/ Pesquisadora do grupo GEOCONCEITO - UFPE e Integrante do laboratório LEGEP-UFPE.

Referências

Cavalcanti, L. S. (2019). Pensar pela Geografia: ensino e relevância social. C&A Alfa Comunicação.

Chevallard, Y. (1997). La transposición didática, del saber sábio al saber enseñado. Aique.

Darski, R. (2016). A alfabetização geográfica como um compromisso do pré-vestibular popular. In: Castrogiovanni, A. C.; Tonini, I. M.; Kaercher, N. A.; Costella, R. Z. (Orgs.). Movimentos para ensinar geografia – oscilações. Editora Letra1, p. 133-142. Doi: 10.21826/9788563800244. DOI: https://doi.org/10.21826/9788563800244p133-142

Dudzic, E. S.W. & Gemelli, D. D. (2016). A utilização de metodologias lúdicas no processo de ensino aprendizagem de Geografia. Cadernos PDE. (Vol. 1). Secretaria de Educação.

Freire, P. (2007). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. (31a ed.). Paz e Terra.

Lima, J. A. P. (2023). Ressignificando o fazer pedagógico-geográfico no ensino da EJA a partir dos afetos e do lúdico. II Encontro luso-brasileiro de Geografias emocionais. IGOT - Universidade de Lisboa-Portugal. 30 de agosto a 1 de setembro. p.211-212. Livro de Resumos do II Encontro Luso-Brasileiro de Geografias Emocionais.

Moreira, M. A. (1999). Aprendizagem significativa. Editora Universidade de Brasília.

Kishimoto, T. M. (2002). O brincar e suas teorias. (3a ed.). Pioneira.

Recife (PE) (2021). Política de Ensino da Rede Municipal do Recife - EJA Fase I e II. (2a ed., Rev. ed.). Secretaria de Educação.

Santos, M. A. (2011). O lúdico na construção da aprendizagem. WebArtigos.

Schön, D. A. (2000). Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Artmed.

Young, M. (2016). Por que o conhecimento é importante para as escolas do século XXI?. Cadernos de Pesquisa, (Vol. 46, n.159), p. 18-37, jan/mar. DOI: https://doi.org/10.1590/198053143533