Entre o lugar e o mundo: conhecimento poderoso e multiescalaridade no ensino de Geografia
DOI:
https://doi.org/10.53455/re.v4i.3Palavras-chave:
ensino de geografia, conhecimento poderoso, conhecimento geográficoResumo
Contexto: Refletir o papel do conhecimento geográfico na escola implica refletir o papel do conhecimento local nos currículos aplicados. Neste artigo, problematizaremos a questão do conhecimento poderoso (Michael Young) como estratégia de reconhecimento da cultura escolar e seus impactos na construção da autonomia e emancipação dos alunos. O conhecimento poderoso é reconhecido como uma estratégia antagônica ao conhecimento dos poderosos; pode ser aplicado como forma de compreender o conhecimento em suas múltiplas escalas nos currículos oficiais. Método: Essa discussão será dialogada com uma bibliografia brasileira para contextualizar o desenvolvimento do debate apresentado. Resultado: Diante disso, reforça-se que a aprendizagem da Geografia sempre estará relacionada a um processo de tomada de consciência das práticas espaciais envolvidas na relação dos indivíduos com seus lugares de vivência.
Downloads
Referências
Bernstein, B. 1996. A estruturação do discurso pedagógico: Classes, Código e Controle. São Paulo: Vozes.
Bernstein, B. 1999. Vertical and Horizontal Discourse: An essay. British Journal of Sociology of Education. 20(2):157–173. https://doi.org/10.1080/01425699995380 DOI: https://doi.org/10.1080/01425699995380
Brooks C., Maude, A., Butt G., Fargher, M. 2017. International differences in thinking geographically, and why ‘the local’ matters. In: The power of geographical thinking. 1o. London: Spinger. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-49986-4_12
Castellar, S.M.V., Paula, I.R. de. 2020. O PAPEL DO PENSAMENTO ESPACIAL NA CONSTRUÇÃO DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO. Revista Brasileira de Educação em Geografia. 10(19):294–322. https://doi.org/10.46789/edugeo.v10i19.922 DOI: https://doi.org/10.46789/edugeo.v10i19.922
Castro, I.E de. 2003. O problema da escala. In: Corrêa RL, Gomes PC da C, Castro IE de, editors. Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Cavalcanti, L. 2019. Pensar pela Geografia: Ensino e relevância social. Goiania: C&A Alfa Comunicação.
Charlotte, B. 2005. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. Porto Alegre: Artmed.
Council, N.R. 2005. Learning to Think Spatially [Internet]. Washington, DC.: The National Academies Press; [accessed 2022 Jun 2]. https://nap.nationalacademies.org/catalog/11019/learning-to-think-spatially
Crahay, M. 2013. Como a escola pode ser mais justa e mais eficaz? Cadernos Cenpec | Nova série [Internet]. [accessed 2022 Jun 2] 3(1). https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v3i1.202 DOI: https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v3i1.202
Dardel, É. 2011. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva.
Duarte, R.G. 2016. Educação Geográfica, Cartografia Escolar e Pensamento Espacial no segundo segmento do ensino fundamental [Tese de doutorado] [Internet]. São Paulo: Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/T.8.2016.tde-10112016-135000 DOI: https://doi.org/10.11606/T.8.2016.tde-10112016-135000
Gomes, P.C. da C. 2017. Quadros Geográficos: uma forma de ver, uma forma de pensar. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Imbernón, F. 2016. Qualidade do ensino e formação do professorado: uma mudança necessária. São Paulo: Cortez.
Jackson, P. 2006. Thinking Geographically. Geography. 91(3):199–204. https://doi.org/10.1080/00167487.2006.12094167 DOI: https://doi.org/10.1080/00167487.2006.12094167
Lambert, D.,Solem, M. 2017. Rediscovering the Teaching of Geography with the Focus on Quality. Geographical Education. 30:8–15.
Libâneo, J.C. 2012. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. Educação e Pesquisa. 38(1):13–28. https://doi.org/10.1590/S1517-97022011005000001 DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022011005000001
Lopes, C.S., Pontuschka, N.N. 2015. O conhecimento pedagógico do conteúdo na prática profissional de professores de geografia. GEOUSP Espaço e Tempo (Online). 19(1):76–92. https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2015.79809 DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2015.79809
Maude, A. 2016. What might powerful geographical knowledge look like? Geography. 101(2):70–76. https://doi.org/10.1080/00167487.2016.12093987 DOI: https://doi.org/10.1080/00167487.2016.12093987
Morais, A.M., Neves, I.P. 2007. A teoria de Basil Bernstein: alguns aspectos fundamentais. Práxis Educativa. 2(2):115–130.
Ribeiro, E. . (2020). Laboratório Tecnológico de Inovação Pedagógica e Aprendizagem (LaTIPA). Estrabão, 1, 1–7. https://doi.org/10.53455/re.v1i.2 DOI: https://doi.org/10.53455/re.v1i.2
Roberts M. 2014. Powerful knowledge and geographical education. The Curriculum Journal. 25(2):187–209. https://doi.org/10.1080/09585176.2014.894481 DOI: https://doi.org/10.1080/09585176.2014.894481
Rubtsov, V. 1996. A atividade de aprendizagem e os problemas referentes à formação do pensamento teórico dos escolares. In: Garnier C, Bednarz N, Ulanovskaya I, editors. Após Vygotsky e Piaget : perspectivas social e construtivista Escolas russa e ocidental. Porto Alegre: Artes Médicas; p. 129–137.
Silveira, M.L. 1999. Uma Situação Geográfica: do método à metodologia. Revista Território. 6(4):21–28.
Souza, M.L de. 2013. Os conceitos fundamentais da pesquisa socioespacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Straforini, R. 2004. Ensinar Geografia: o desafio da totalidade mundo nos anos iniciais. São Paulo: Annablume.
Straforini, R. 2018. O ensino de Geografia como prática espacial de significação. Estudos Avançados. 32(93):175–195. https://doi.org/10.5935/0103-4014.20180037 DOI: https://doi.org/10.5935/0103-4014.20180037
Vygotsky, L.S. 2008. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martns Fontes.
Young, M. 1971. Knowledge and Control: New Directions in the Sociology of Education. London: Collier-Macmillan.
Young, M. 2007. Para que servem as escolas? Educ Soc. 28:1287–1302. https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000400002 DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000400002
Young, M. 2011. O futuro da educação em uma sociedade do conhecimento: o argumento radical em defesa de um currículo centrado em disciplinas. Rev Bras Educ. 16:609–623. https://doi.org/10.1590/S1413-24782011000300005 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782011000300005
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Daniel Stefenon

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista segue o padrão Creative Commons (CC BY), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos.