Análise da geometria do crescimento da mancha urbana de Campinas entre 2000 e 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53455/re.v4i.78

Palavras-chave:

Drone, alta resolução, cidades

Resumo

Contexto: A urbanização das grandes cidades brasileiras foi marcada pela desigualdade e a segregação. É um processo que ocorreu de forma acelerado durante o século XX. A migração para as cidades criou uma demanda por moradia, e os diferentes circuitos imobiliário produz um espaço urbano fragmentado e disperso. A população com menor renda encontra moradias muitas vezes fora da Mancha Urbana consolidada, regulares ou irregulares. Entre o final do século passado e o começo do atual, a fragmentação e dispersão das cidades tem algumas diferenças do modelo anterior. Agora, são criadas localidades valorizadas em locais fora da Mancha Urbana consolidada, principalmente com os condomínios e loteamentos fechados. O modelo segregado e disperso se acentua. Campinas, mesmo com suas particularidades, segue essas etapas da urbanização das grandes cidades brasileiras. Metodologia: Este trabalho analisou  a geometria da mancha urbana de Campinas entre 2000 e 2020 a partir de mapas temáticos. Buscou-se medir e comparar o crescimento da Mancha Urbana Principal e das Manchas Dispersas. Resultados: É possível verificar uma tendência de diminuição da fragmentação da cidade, com a ocupação de vazios entre a Mancha Urbana Principal e Manchas Dispersas. Porém, é possível verificar a continuidade da característica de uma cidade dispersa.

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Biografia do Autor

Guilherme Sarausa de Azevedo, Prefeitura Municipal de Campinas

Civil Enngenheiro da Secretaria Municipal de Planejamento do Município de Campinas.

Mestre em Engenharia Urbana (Programa de Pós Graduação em Engenharia Urbana)

Fabio Noel Stanganini, Universidade Federal de São Carlos

Geógrafo pela Universidade Estadual Paulista - UNESP (2007), mestre e doutor em Engenharia Urbana pela Universidade Federal de São Carlos (2016). Pós-doutorado em Engenharia Urbana pelo DeCiv entre 2017 e 2021. 

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Publicado

07-01-2023

Como Citar

Azevedo, G., & Stanganini, F. (2023). Análise da geometria do crescimento da mancha urbana de Campinas entre 2000 e 2020. Estrabão, 4(1), 58–74. https://doi.org/10.53455/re.v4i.78

Edição

Seção

Artigos