Ocorrência de leishmaniose visceral e tegumentar no estado de Mato Grosso do Sul
Dinâmica espacial no período de 2008 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.53455/re.v5i1.223Palavras-chave:
Geografia da saúde, mudanças ambientais, doença negligenciada, sistemas de informação, antropozoonoseResumo
Contexto: A leishmaniose, classificada como antropozoonose, é causada por protozoários do gênero Leishmania. É subdividida em forma clínica visceral (LV), que afeta órgãos internos, e tegumentar americana (LTA), que envolve pele e mucosas. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. Até a década de 1980, a doença estava restrita ao meio rural, em estados da região nordeste e no município de Corumbá, Mato Grosso do Sul. O objetivo deste trabalho foi analisar a dinâmica espacial da ocorrência de Leishmaniose Visceral e Tegumentar no estado de Mato Grosso do Sul, de 2008 a 2022. Métodos: Utilizamos dados públicos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), referentes aos anos de 2008 a 2022. Os dados foram divididos em três quinquênios, de acordo com a Macrorregião de Saúde (MRGS)/Município de Residência, para ambas as formas clínicas. Resultados: Foram notificados 2751 casos confirmados de LV no Mato Grosso do Sul, sendo 78,70% localizados na MRGS de Campo Grande. Foram registrados 1925 casos de LTA, com 65% localizados na MRGS Campo Grande. Observou-se que, ao longo dos quinquênios, houve diminuição de municípios com as maiores taxas de transmissão de LV e LT. Considerando que a Leishmaniose é uma doença negligenciada, é fundamental investir em ações de educação em saúde e na capacitação das equipes de saúde para aumentar o esclarecimento da população.
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Referências
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