Análise espacial da Leishmaniose Visceral na região centro-oeste do estado de São Paulo

Duas escalas em áreas de transmissão endêmica para Leishmaniose Tegumentar (1999 – 2018)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53455/re.v6i.255

Palavras-chave:

leishmaniose visceral, análise espacial, leishmaniose cutánea, sistemas de informação geográfica, políticas públicas de saúde

Resumo

Contexto: A leishmaniose visceral (LV) expandiu-se geograficamente devido à urbanização, migração rural-urbana, adaptação do vetor ao ambiente doméstico e presença do cão como reservatório. Em São Paulo, especialmente no centro-oeste paulista, área endêmica de Leishmaniose tegumentar (LT), a doença demanda estudos epidemiológicos e geográficos. Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) auxiliam na identificação de fatores ambientais associados à LV. Desenvolvimento: Analisou-se a distribuição espacial da LV na região do DRS Marília (1999-2018), focando nos municípios de Adamantina e Marília. Resultados: A LV surgiu na região em 2003, em Adamantina e Guarantã. A LT está presente em 74,2% dos municípios do DRS. Em 26 municípios, confirmou-se o vetor Lu. longipalpis, com LV canina em 92,3% e humana em 80,7%. Adamantina e Marília apresentam distribuição similar de casos caninos e humanos.

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Biografia do Autor

Patrícia Florêncio Henschel, Instituto Adolfo Lutz

Centro de Laboratório Regional IV -Instituto Adolfo Lutz de Marília

Elivelton da Silva Fonseca, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Faculdade de Geografia

Roberto Hiramoto, Instituto Adolfo Lutz

Núcleo de Parasitoses Sistêmicas - Instituto Adolfo Lutz de São Paulo

José Eduardo Tolezano, Instituto Adolfo Lutz

Núcleo de Parasitoses Sistêmicas - Instituto Adolfo Lutz de São Paulo

Flávia de Oliveira Santos, Instituto Federal do Amapá

Docente permanente do PROFEPT - IFAP

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Publicado

01-01-2025

Como Citar

Henschel, P., Fonseca, E., Hiramoto, R., Tolezano, J., & Santos, F. (2025). Análise espacial da Leishmaniose Visceral na região centro-oeste do estado de São Paulo: Duas escalas em áreas de transmissão endêmica para Leishmaniose Tegumentar (1999 – 2018). Estrabão, 6, 1–9. https://doi.org/10.53455/re.v6i.255

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Artigos