Perfil epidemiológico da população acometida pela dengue em Três Lagoas-MS
Análise das semanas epidemiológicas 1 a 30 de 2023
DOI:
https://doi.org/10.53455/re.v5i1.236Palavras-chave:
Vigilância em Saúde, Arbovirose, EpidemiologiaResumo
Contexto: O município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, possui uma população de 132.000 habitantes, e um crescimento urbano acelerado nos últimos anos, tendo como consequência problemas sócio ambientais e de ordenamento do território. Nos últimos anos vários episódios de surtos e epidemia de dengue foram registrados no município. Assim, a pesquisa buscou compreender o perfil epidemiológico da população acometida pela Dengue em Três Lagoas entre janeiro a julho de 2023. Métodos: Foram analisados dados da evolução dos casos notificados de dengue referente as 30 primeiras semanas epidemiológicas de 2023. As referências das informações foram pautadas nas “Fichas de Investigação” do Sistema de Informação de Agravos e Notificações –SINAN-NET, cedidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas. As variáveis utilizadas para a análise epidemiológica foram: incidência de casos; faixa etária; gênero; raça, escolaridade, dados clínicos, e evolução. Resultados: Os resultados mostraram que nas semanas epidemiológicas 10 a 13 as taxas de incidências evoluíram de 300 à patamares acima de 600 casos notificados de dengue para cada 100 mil habitantes, sendo o período mais preocupante no primeiro semestre do ano de 2023 em Três Lagoas. Foi revelado ainda que a principal característica epidemiológica da população acometida pela dengue é de pessoas do sexo feminino em sua maioria, predomínio de pardos e pretos e com idades entre 19 a 60 anos, porém os idosos foram os que mais evoluíram para óbito. Os principais sintomas foram Febre, Mialgia e Cefaleia.
Downloads
Referências
Bento, M. C. (2019). A influência geoespacial do comportamento pluviométrico na ocorrência da dengue na cidade de Três Lagoas/MS no período de 2007 a 2017. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul]. Programa de Pós-Graduação em Geografia. https://ppggeografiacptl.ufms.br/dissertacoes/
Bezerra, T. de M., & MATOS, C. C. (2023). Dengue no Brasil: fatores socioambientais associados a prevalência de casos. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(5), 2685–2698. DOI: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-035
Camargo, E. P. (2008) Doenças Tropicais. (Dossiê epidemiológico), Revista Estudos Avançados 22 (64), 95-110. https://www.revistas.usp.br/eav/issue/view/753 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142008000300007
Cândido, M. de B., Araújo, J. M. D., Silva, T. W. M., Silva, W. Y. de L., & Andrade Júnior, F. P. (2020) Perfil Epidemiológico De Idosos Acometidos Por Dengue Em João Pessoa–PB Entre 2014 A 2017. ANAIS…. VII Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, Campina Grande, Paraíba.
Carvajal-Cortés, J. J. (2018) Determinantes e condicionantes sociais e ambientais da distribuição espaço temporal do dengue e seus vetores - Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) e Aedes albopictus (Skuse, 1894) – na tríplice fronteira amazônica (BRASIL COLÔMBIA-PERU). [Tese de Doutorado, Instituto Oswaldo Cruz, Pós-Graduação em Medicina Tropical]. Repositório Institucional da Fiocruz. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57859
Cassal, C. G.; Pereira, M. R. R., Santos, L. M. J. G., Passos, M. N. P., Fortes, B. de P. M. D., Valencial, L. I. O., Alexandre, A. de J., & Medronho, R. de A. (2004) A epidemia de dengue/dengue hemorrágico no municipio do Rio de Janeiro, 2001/2002. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 37 (4), 296-299. DOI: https://doi.org/10.1590/S0037-86822004000400002
Coury, B. F., Andrade, A. F., Figueiredo, B. Q. de, Santos, F. J. F., Oliveira, J. P. G. de, Santos, N. P. F., & Amâncio, N. de F. G. (2021) Epidemiological profile of dengue in Brazil and its correlation with the precarious conditions of basic sanitation. Research, Society and Development, [S. l.], 10 (10). https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19207 DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19207
Dubreuil, V., Fante, K.P., Planchon, O., & Sant’anna Neto, J.L., (2018). Climate change evidence in Brazil from Koppen’s climate annual types frequency. International Journal of Climatology, 39 (3), 1446-1456. https://doi.org/10.1002/joc.5893 DOI: https://doi.org/10.1002/joc.5893
Figueiredo, L. T. M., Owal, M. A., Carluccil, R. H., & Oliviera, L. (1992). Estudo sobre o diagnóstico laboratorial e sintomas do dengue, durante epidemia ocorrida na região de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 34(2), 121-130. https://doi.org/10.1590/S0036-46651992000200007 DOI: https://doi.org/10.1590/S0036-46651992000200007
Ribeiro, A. C. M., Santos, A. G. O. dos, Saraiva, B. L., Petrole, L. S., Leite, D. G., & Malheiros, D. R. (2020) Condições Socioambientais Relacionadas À Permanência Da Dengue No Brasil - 2020. Revista Saúde e Meio Ambiente – RESMA, 11(2), 326-340.
Santos, T. A., Neves, J. C., & Melo, A. de. (2020) Notas para uma crítica geográfica das ideologias: a modernidade truncada e a vertigem do progresso no município de Três Lagoas-MS. Revista NERA, 23(55), 343-361. https://doi.org/.47946/rnera.v0i55.6929 DOI: https://doi.org/10.47946/rnera.v0i55.6929
Trad, L. A. B., Silva, H. P., Araújo, E. M., Nery, J. S. e S., & Alder, M. (2021) Saúde-doença-cuidado de pessoas negras: expressões do racismo e de resistência. EDUFBA. https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34604/1/saude-doenca-cuidado-pessoas-negras-RI.pdf
Zavattini, J. A. (2009) As chuvas e as massas de ar no estado de Mato Grosso do Sul: estudos geográficos com vista à regionalização climática. Cultura Acadêmica. https://static.scielo.org/scielobooks/qx8r5/pdf/zavattini-9788579830020.pdf DOI: https://doi.org/10.7476/9788579830020
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Mauro Henrique Soares da Silva, Diogo Cerdan Brito

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista segue o padrão Creative Commons (CC BY), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos.
Dados de financiamento
-
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Números do Financiamento Código de Financiamento 001. -
Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul
Números do Financiamento SIAFEM nº 30274 PPSUS