Levantamento de estudos com
espécies de mamíferos
ameaçados no estado de
Santa Catarina (Brasil)
Estrabão
Vol(3):188 – 190
©The Author(s) 2022
DOI: 10.53455/re.v3i.67
André Prado
1
, Elisangela Silva Lopes Ricardo
1
, Everton Corrêa
1
, Jackson
Alessandro Stuhler
1
and Raquel Caparroz Cicconi
1
Abstract
Contexto: Santa Catarina possui o maior percentual de remanescentes de cobertura florestal do
bioma Mata Atlântica, neste estão muitas espécies de mamíferos e algumas desta são ameaçadas
de extinção. Neste sentido surge a problemática desta pesquisa com intuito de levantarmos aqui
quais animais ameaçados possuem estudos científicos gerados, desta forma, conhecimento à
luz da preservação. Métodos: Este estudo utilizou como base a lista oficial de espécies da
fauna ameaçadas de extinção para o Estado de Santa Catarina. Nas buscas, os critérios para
inclusão dos artigos foram estudos realizados no Estado de Santa Catarina com temáticas que
abordem distribuição, hábitos, anatomia, recursos genéticos e menção nestes estudos sobre
ameaça à espécie. Resultados: Foram encontrados trabalhos com o tema da pesquisa, porém não
encontrados todos os animais que estavam incluídos nos critérios da busca. Trabalhos específicos
sobre espécies, em sua grande maioria, fazem referência sobre a ameaça de extinção, porém o que
se notou foi que muitos trouxeram conhecimentos superficiais. Salientamos que todo conhecimento
gerado sobre alguma espécie é importante invariavelmente da temática, pois a informação gerada
traz caminhos para o entendimento de como pode ser preservada a espécie em questão.
Keywords
Biodiversidade, Mata Atlântica, Extinção
1Mestrado em Tecnologia e Ambiente - PPGTA, Instituto Federal Catarinense, Araquaro, Santa Catarina, Brasil
Corresponding author:
AndPrado, Mestrado em Tecnologia e Ambiente - PPGTA, Instituto Federal Catarinense, Araquaro, Santa Catarina, Brasil
Email: aprado.bio@gmail.com
189 Estrabão (3)2022
Introdução
O bioma Mata Atlântica, é um hotspot da biodiversidade devido a sua grande heterogeneidade ambiental,
ocasionada pela amplitude das dimensões de latitude e altitude, que reflete ao longo de sua distribuição
em mudanças no clima entre outros critérios. Além da grande biodiversidade e presença de várias
espécies endêmicas à Mata Atlântica é o lar de cerca de 70% da população brasileira, sendo uma fonte
para o abastecimento de água, geração de energia elétrica, manutenção do clima e demais atividades
econômicas e de subsistência de muitas cidades brasileiras- como agricultura, pesca, turismo, etc
FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA [SOSMA] (2021). No entanto o que nota-se é que, este histórico
de ocupação e uso tiveram consequências, pois resta muito pouco da área original deste bioma, ficando
entre 8,5 a 12,4 % da cobertura florestal do total antes presente, sendo considerado desta forma, um
dos biomas mais ameaçados do mundo THE NATURE CONSERVANCY, [TNC] (2022), SOS MATA
ATLÂNTICA (2021). Associado a diminuição da cobertura florestal ocorre também a fragmentação
que altera a organização dos predadores naturais o que contribui para o processo de defaunação que
pode levar à extinção de espécies endêmicas da Mata Atlântica (Monteiro Filho & Conte, 2017) . Outro
importante aspecto apontado por um estudo realizado por Souza Y. ( 2022) é sobre a relação entre a
presença de grandes mamíferos herbívoros e a modulação da diversidade de formas de crescimento de
plantas na floresta tropical; segundo esse estudo os grandes mamíferos herbívoros têm um forte impacto
nas comunidades vegetais, embora o crescimento de plantas possam ser fortemente determinadas por
fatores como clima e composição do solo, a ausência local ou funcional de grandes herbívoros alteram
os ecossistemas naturais através de potenciais modificações da estrutura composicional das formas de
crescimento das plantas (Souza Y. et. al., 2022). Se por um lado a presença dos mamíferos alteram a
biodiversidade da flora, as mudanças do uso da terra são um dos principais fatores que modificam os
ecossistemas tropicais levando à perda de espécies e características ecológicas e afetando as principais
funções ecológicas (Magioli M. et. al., 2021) fechando um ciclo de perdas de biodiversidade.
O Estado de Santa Catarina, de acordo com o INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE [IMA] (2019),
detém o maior percentual de remanescentes de cobertura florestal do bioma Mata Atlântica, além de uma
alta taxa de espécies endêmicas. O mesmo estudo destaca que são tomadas ações para a conservação da
biodiversidade, incluindo, planos de ação nacionais para a conservação de espécies da fauna ameaçadas
de extinção.
Uma ferramenta e guia importante na tomada de ações e estudos é a lista de Espécies Ameaçadas
do Estado de Santa Catarina, reconhecida pela resolução do CONSELHO ESTADUAL DO MEIO
AMBIENTE [CONSEMA] (2011) nº02, de 06 de dezembro de 2011. A mesma, toma como base critérios
e orientações da IUCN - International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (2022),
visando orientar pesquisas científicas e planejar a conservação das espécies locais.
Um dos grupos abordados na lista de espécies ameaçadas é o dos mamíferos, que conforme
o trabalho de Drago (2021) possuem características que podem ser correlacionadas com o risco de
entrarem em extinção. O autor também indica a possibilidade de predizer a situação de ameaça de
espécies classificadas com ”Dados insuficientes” baseando-se nas características estudadas e seu grupo
taxonômico. Segundo um estudo realizado por Wosnick N. et al. (2021) os mamíferos ficam em segundo
lugar quando é realizada a escolha de animais como bandeiras regionais, iniciativa que vislumbra
aumentar o compromisso do poder público e obter fundos para preservação. Nesse mesmo estudo é
possível verificar, que as espécies escolhidas envolvem espécies exóticas e que não se encontram na lista
Prado et al.
190
de espécies em extinção demonstrando que esses critérios não são considerados na escolha das espécies
símbolos locais, a qual poderia ser otimizada para valorização da biodiversidade local.
Visando entender a aplicação da Lista de espécies ameaçadas no Estado de Santa Catarina,
o presente estudo objetivou avaliar publicações científicas que tenham abordado as espécies ameaçadas,
independente do tema, no entanto, fazendo menção a seu risco de extinção. Elegemos como grupo a ser
avaliado neste trabalho o dos mamíferos reconhecidos como ameaçados de extinção.
Metodologia
A Lista oficial de espécies da fauna ameaçadas de extinção para o Estado de Santa Catarina (2021) foi
utilizada como ferramenta para orientar as buscas. O documento apresenta os critérios utilizados pelos
especialistas no enquadramento das espécies para seus níveis de ameaça conforme a IUCN - Anexo I - e
a Lista das espécies classificadas por grupo, família, espécie e nome comum - Anexo II. Deste segundo
anexo foram selecionadas as 33 espécies de mamíferos ameaçadas, sendo destas, 17 Vulneráveis (VU), 6
Em Perigo (EN) e 10 Criticamente em Perigo (CR).
Foram investigados artigos nas bases de dados Portal de Periódicos da CAPES; SciVerse Scopus;
Scielo - Scientific Electronic Library Online; Google acadêmico.Para atender os objetivos deste estudo,
as buscas levaram em consideração o período de publicação de trabalhos em forma de artigo científico,
definindo o intervalo dos últimos 16 anos para realização das buscas. Foram consideradas também a
citação no trabalho do nome científico da espécie ameaçada conforme a lista oficial e a realização,
abrangência ou amostragens do estudo realizado ter ocorrido no Estado de Santa Catarina. Com o intuito
de facilitar a compreensão das similaridades e particularidades dos trabalhos realizados foram definidas
as temáticas abordadas nos artigos como distribuição, anatomia, hábitos, recursos genéticos além de
observarmos se os trabalhos fizeram menção à ameaça da espécie estudada.
As informações obtidas foram organizadas de forma a identificarmos quais temas são estudados nestas
espécies e como isso contribuiu em termos de sua conservação. Além disso, este levantamento indica
quais são amplamente avaliadas, bem como, as que são pouco estudadas e como consequência possuem
uma incerteza maior sob seu status de ameaça.
Resultados e Discussão
Inicialmente destacamos, Wrublewski et al. (2018) que realizaram estudo na floresta de Três Barras (SC) ,
com área de 4385,3300 hectares avaliandoos parasitos gastrointestinais em carnívoros da família Felidae
-
Puma concolor (onça parda), Puma yagouaroundi (jaguarundi) e Leopardus pardalis (Jaguatirica)
-
destes, o puma e a jaguatirica fazem parte da lista vermelha do Estado. Os autores encontraram nas
amostras, não apenas parasitas característicos destes felinos, mas também, de suas presas e de animais
domésticos. Este resultado foi considerado como um agravante para estas espécies e, consequentemente,
para seu risco de extinção.
A L. pardalis ainda foi estudada por Goulart et al. (2009) envolvendo hábitos de mamíferos de grande
porte, em Caçador e Florianópolis (SC), mas sem menção direta a seu risco de extinção. No entanto, a
ocorrência de uma espécie e o estudo de seus hábitos contribui também para medidas de proteção do
mesmo. Neste aspecto, o registro inédito da espécie em um local pode ser relacionado à importância da
manutenção da área e preservação, como feito por Kuhnen et al.(2011), que evidenciaram o primeiro
registro da L. pardalis no Parque da Serra do Tabuleiro.
191
Estrabão (3)2022
Também conhecida como suçuarana, a Puma concolor tem grande importância pois esta é um animal
do topo de cadeia alimentar. Quando adultos, esses felinos podem ter até dois metros do focinho até
a ponta da cauda, mas têm um porte mais esguio do que a onça pintada. Ela é um grande aliado no
equilíbrio da cadeia alimentar. Entre suas presas estão animais como a cotia, o gambá e o porco do mato.
Comparativamente, observando o número de estudos, foram encontrados muitos trabalhos com
a Sotalia guianensis (boto-cinza), seja mencionada ou como objeto principal do estudo. Os temas
também foram distintos, incluindo de sua ecologia (distribuição e monitoramento de populações;
comportamento), saúde (doenças, parasitoses, dieta), anatomia (morfologia, estudos com carcaças de
animais encalhados) ou menções a sua conservação como espécie ameaçada.
Em termos de distribuição da espécie, (Vianna et al., 2016) avaliaram registros de encalhes de três
espécies de cetáceos (incluindo esta) mais comumente registradas em Santa Catarina nos últimos 32
anos. Com base neste estudo, entende-se que a avaliação das ocorrências de encalhes são importantes
para compreensão da biodiversidade marinha e, consequentemente, para as espécies ameaçadas.
Animais encalhados ou pegos em redes também foram fonte de pesquisa para Daura-Jorge et al.(2011),
mas avaliando especificamente a dieta dos animais por meio do conteúdo estomacal. Outro fator corporal
dos animais foi estudado através de anatomia comparada em se que investigou os crânios de S. guianensis
depositados em uma coleção zoológica (Simões-Lopes, 2006).
Já Alves et al. (2017) focaram especificamente em parasitas intestinais nas carcaças de cetáceos da
região da Baía da Babitonga. A análise na quantidade de parasitas intestinais em carcaças de cetáceos
encontradas nas regiões da Baía da Babitonga e nas regiões costeiras adjacentes e a comparação dos
níveis de infecção parasitária demonstraram diferenças nas relações ecológica entre os grupos e essa
abordagem facilitou entender questões da ecologia das espécies, incluindo a S. guianensis.
Actis et al. (2018) optaram por entender em sua pesquisa questões de relação e fatores sociais,
características de espécies e fatores externos analisando fatores como a sincronia respiratória do boto
cinza (S. guianensis) e franciscana (Pontoporia blainvillei). A questão comportamental também já
foi estudada exclusivamente na S. guianensis, no caso por Daura-Jorge et al. (2007), comparando as
populações de regiões distintas, neste estudo foram comparados os padrões comportamentais entre duas
populações de botos cinzas localizados no estuário de caravelas situado no estado da Bahia e na Baía
Norte localizado entre as cidades de São José e grande Florianópolis no Estado de Santa Catarina.
Outros estudos encontrados não cogitaram diretamente a relação da espécie com a questão de seu
grau de ameaça da mesma ou trazendo dados diretos sobre seu status de conservação. A S. guianensis é
citada no estudo sobre golfinhos de Macedo et al. (2020), no entanto, o objetivo deste foi avaliar pontos
fortes e limitações de um sistema de gestão de barcos, especificamente, para monitoramento de golfinhos.
O trabalho de Zappes et al. (2013) realizou uma avaliação pontual das causas de acidentes entre os
barcos de pesca e os cetáceos locais através das perspectivas dos pescadores, utilizando-se de entrevistas
etnográficas com foco nesse tipo de interação em comunidades de pescadores abrangendo os estados do
Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Quanto ao Preá (Cavia aperea) este estudo destaca o inventário de mamíferos de grande e médio porte
realizado por meio de registro fotográfico na região de São Bento do Sul-SC, em uma área de proteção
ambiental. (Hübel et al., 2021). O estudo citado reforçou a importância da manutenção dessas áreas de
preservação principalmente para as espécies locais ameaçadas. Ainda desta mesma espécie, destacamos
também um trabalho de Cherem e Ferigolo (2012) que descreveram e compararam crânios e mandíbulas
Prado et al.
192
de exemplares de quatro espécies do gênero Cavia, no entanto, haviam amostras de outros Estados neste
estudo.
Buscando a espécie Veado Campeiro, trazemos um estudo de reconhecimento da presença de
(Ozotoceros bezoarticus) em uma área abrangendo os municípios de Rio Negrinho e Itaiópolis -SC,
através da observação de materiais biológicos e pegadas (F. R. Tortato & Althoff, 2011). Conforme
o estudo, através dos dados da distribuição e com probabilidade de extinção da espécie, discute-se táticas
de preservação da mesma.
Mazzolli e Benedet (2011) também tiveram um olhar para a conservação da espécie com estudo feito
em Lages-SC, pois os mesmos observaram a ocorrência do O. bezoarticus e também identificaram a
distribuição dos animais buscando evidências de redução nas localidades.
Marafon et al. (2018) estudando a mastofauna não voadora de médio e grande porte no oeste
catarinense, observou quanto aos veados mateiros (Mazama americana) que, embora não constem na
"Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção", reconhecida pela referida portaria
(MMA, 2014), podem ser considerados vulneráveis no estado de Santa Catarina (CONSEMA, 2011). A
presença dessas espécies na área estudada evidencia que esta, mesmo fragmentada e empobrecida, ainda
fornece subsídios necessários para a estadia ou mesmo moradia destes animais, como alimento, locais de
abrigo e presença de corpos d’água.
Já Carvalho (2022), avaliando a mastofauna em fragmentos florestais na ilha de São Francisco
conclui que a ausência de espécies comumente encontradas em áreas semelhantes, tais como o Mazama
americana (veado-mateiro), indica que a diversidade do local pesquisado é pequena. O índice de
biodiversidade calculado pelo método de Jackknife é de 18 espécies .A mastofauna desta área tem
espécies que são comuns em outras áreas de Mata Atlântica do interior do Estado de Santa Catarina.
Conclui também que a fragmentação da mata original reduz o número de espécies de mamíferos,
persistindo apenas aquelas capazes de se adaptar a ambientes perturbados.
Para o Chironectes minimus (Cuíca-d’água), (Bressiani et al., 2008), apresentou uma comparação
de métodos de captura avaliando a eficiência dos mesmos na obtenção de dados. Logicamente, tais
informações servem de ferramenta para melhor captura e conhecimento da biologia da espécie. (M. A.
Tortato, 2009) optou por avaliar questões da ecologia, no caso, um aspecto da predação por gaviões,
considerado raro.
Outra espécie ameaçada nesta mesma família é a Metachirus nudicaudatus (Cuíca-cauda-de-rato).
Todavia, não foram encontrados trabalhos específicos voltados a sua conservação. (Balieiro et al., 2015)
realizaram estudo da riqueza de pequenos mamíferos em Itapoá - SC e salientam que a M. nudicaudatus
não foi observada.
A Lista de espécies ameaçadas conta com alguns exemplares de morcegos. A exemplo o Molossops
temminckii, o qual teve estudo de seu primeiro registro no Estado por Althoff et al.(2018).
O morcego vampiro de perna peluda - Diphylla ecaudata - teve registro por Bôlla et al.( 2017)
evidenciando que a região sul de nosso Estado pode representar o limite austral de distribuição da
espécie, incluindo também a Mimon bennettii e Platyrrhinus recifinus (pertencentes à mesma família).
Esta conclusão foi tirada comparativamente com a frequência de outras espécies de morcegos observadas
no mesmo estudo.
Este aponta a alta frequência de Cerdocyon thous, Hydrochoerus hydrochaeris, Procyon cancrivorus e
Didelphis albiventris, afirma que estas espécies são amplamente distribuídas e abundantes na Região
Sul de Santa Catarina, assim como observado em outras áreas da Mata Atlântica .Classifica como
193
Estrabão (3)2022
generalistas,(se adaptam facilmente aos ambientes com diferentes níveis de antropização). De forma
contrária o mesmo aponta que 11 espécies foram registradas em apenas um município, sendo seis
pertencentes à Chiroptera.
O tuco-tuco, Ctenomys minutus, é um animal que tem ocorrência comum nos Estados de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, ocupando áreas de campos e dunas. Sua área de vida foi avaliada como
significativamente maior em indivíduos que ocupam o habitat de dunas comparando com animais da
mesma espécie em campos arenosos, além disso, parece que interações bióticas podem não influenciar
significativamente nas suas características ecológicas e comportamentais (Kubiak et al., 2017).O estudo
não cita diretamente o risco de extinção.
Outro trabalho, também voltado a sua ecologia, executado por de Freitas et al., (2012), acabou
mencionando que os indivíduos de C. minutus apresentam dificuldade em sua conservação no Brasil.
Fatores como sua especificidade de habitat, baixa densidade populacional e distribuição irregular típica
da espécie que acabam contribuindo para esse quadro. O tuco tuco aparece com maior grau de raridade
para mamíferos (categoria H) incluindo também nesta lista de fatores, o fato de serem ameaçados pela
atividade agrícola e silvícola, além da expansão dos processos de desertificação em algumas regiões.
Hübel et al. (2021) estudaram a riqueza de espécies e frequência relativa de mamíferos de médio e
grande porte na área de proteção ambiental municipal do Rio Vermelho (região norte de Santa Catarina)
entre 2015 e 2019. Das 33 espécies de mamíferos nativos e duas exóticas encontradas, 33,3% estão
ameaçados, dentre estes a Tapirus terrestris (anta), que está entre os três espécies menos registradas no
Estado de Santa Catarina (Tayassu pecari, Tapirus terrestris e Mazama nana).
Fossile et al. (2018) tiveram uma abordagem diferente avaliando amostras dos sambaquis na região
da Baía da Babitonga, relacionando as 14 espécies identificadas com suas respectivas categorias de
ameaça. T. terrestris também foi encontrada em meio ao material, atualmente considerada vulnerável
pelos critérios da IUCN. Ao contrastar a presença de algumas espécies com seus status de conservação,
conforme a Portaria MMA nº 444/2014 e a lista vermelha da União Internacional de Conservação à
NaturezaIUCN (2017), constatou-se que 14 espécies identificadas nos sambaquis estão atualmente em
categorias de ameaça (Vulnerável, Em perigo, e Criticamente em perigo), e uma espécie regionalmente
extinta . Tapirus terrestris está categorizada como Vulnerável (VU) pela IUCN.
Para a toninha, Pontopori ablainvillei, houveram trabalhos focados em entender seu habitat e
distribuição (Do Amaral et al, 2018), reavaliou a distribuição e características da franciscana no nicho
Brasil. O estudo avalia que em Santa Catarina, com base em estudos genéticos anteriores, as mudanças
nas FMAs impactam diretamente na extensão das lacunas distributivas, que por sua vez foram reduzidas
em relação a estudos anteriores.Em geral, o modelo de adequação de habitat aparente no estudo
confirmou a conhecida distribuição de franciscanas indicando alta adequação ambiental para a espécie,
principalmente até a isóbata de 25 m . As análises de nicho ecológico também mostraram que ambas
as lacunas de distribuição parecem adequadas para franciscanas em algum nível e estão dentro do nicho
fundamental das espécies como também para sua obtenção de subsídios para sua conservação.
Paitach et al.(2019), em seu estudo sobre Cientometria de mamíferos aquáticos do Ecossistema
Babitonga em que busca subsídios para a conservação da mesma, aponta a toninha como espécie de
golfinho mais ameaçada de extinção do Oceano Atlântico Sul Ocidental , tendo a captura acidental em
redes de emalhe é a principal causa da mortalidade. Afirma que no Estado de Santa Catarina e a nível
internacional, a toninha é considerada“vulnerável”, porém a nível nacional a espécie foi incluída na
categoria “criticamente em perigo” (MMA, 2014). Na Baía Babitonga, encontra-se a única população
Prado et al.
194
de toninhas tipicamente estuarina, pois tem condições ideais para sua reprodução e permanência . Neste
estudo foram encontradas toninhas, a maior parte delas, na parte central da baía, porém ressaltam que
também aparecem na região adjacente à Baía Babitonga, proporcionando um parâmetro de comparação
entre as populações.A interação com a pesca artesanal é apontada como principal causa de mortalidade
de toninhas no local.
Entre os mamíferos marinhos, foi também estudada a baleia franca, Eubalaena australis. Semelhante
aos casos dos golfinhos, para baleias também é estudado material de indivíduos que sofreram encalhe,
além de mortas em criadouros, como no caso do trabalho de Groch et al.(2019), além disso o estudo
relata que os animais apresentaram multifocal grave deformidades ósseas envolvendo múltiplos eixos
esqueléticos.Como conclusão traz evidências de processos naturais (não antropogênicos) de doenças e
uma ameaça antropogênica em SRW. Refrigerante natural incluído síndrome do desconforto respiratório
neonatal com aspiração de mecônio e doença renal e pulmonar infecciosa com sepse presumida. Estes
casos apontam patologias da espécie.
Complementando, temos o estudo de Machado e Sanches (2022) que justamente avaliou o impacto
de embarcações como principal causa de ameaça à espécie.Afirma que colisões causam impactos
letais e não letais. Impactam no aumento da população, nível de estresse nos oceanos, aumento na
taxa metabólica, frequência respiratória e até mesmo diminuição na reprodução. Os dados levantados
permitiram inferir que as interações entre misticetos e embarcações têm se tornado mais recorrentes à
medida que a população humana cresce e aumentam as atividades antrópicas, como o turismo embarcado
para observação de baleias e a pesca industrial.
No trabalho de JUNIOR et al. (2007), os parâmetros do perfil sanitário de animais da subespécie
Alouatta guariba clamitans foram avaliados em criadouro científico do Centro de Pesquisas Biológicas
de Indaial-SC. O objetivo do autor foi traçar um perfil sanitário de espécimes recepcionados e mantidos
no criadouro científico. É feito menção indireta dos seus riscos de extinção como sendo a caça, a perda
de habitat e o tráfico.
Conclusões
Os trabalhos específicos de uma dada espécie geralmente trazem informações sobre seu risco de extinção
para justificar a importância de ser estudada e de gerar informações para sua conservação. Todavia, ainda
há trabalhos que citam as espécies superficialmente, sem fazer menção a sua vulnerabilidade, talvez por
desconhecimento de seu grau de ameaça ou por, simplesmente, não ser o tema foco do estudo.
Os temas dos trabalhos levantados envolveram as espécies ameaçadas de diferentes formas, desde
sua distribuição, comportamento, hábitos, características taxonômicas, anatomia e parasitologia. Os
levantamentos faunísticos verificados no estudo dão destaque a ocorrência/ausência de espécies
ameaçadas, também como uma forma de entender as condições ecológicas e de preservação de um
ambiente natural, seja esse em reservas protegidas ou em fragmentos florestais.
Os fatores que normalmente ameaçam as espécies da lista vermelha são as atividades antrópicas
desenvolvidas sem a devida preocupação com a conservação da fauna e que levam a perda de indivíduos,
do habitat, de seus recursos alimentares, de abrigo, das condições para sua reprodução e sustento (caça,
pesca, agricultura, fragmentação do habitat). Além disso, características naturais específicas das espécies,
como populações muito restritas, poucos indivíduos e predação, também agravam o quadro de ameaças.
Estrabão (3)2022
Apesar de listados muitos estudos envolvendo espécies ameaçadas para o Estado de Santa Catarina,
nem todas as espécies da lista vermelha foram encontradas na literatura conforme os critérios abordados,
isso alerta que muito ainda precisa ser pesquisado sobre espécies ameaçadas para gerar informações
úteis à sua conservação. Neste aspecto, pode ser relevante uma busca mais aprofundada levando em
consideração outros critérios de pesquisa.
Independentemente da temática da pesquisa, entende-se que toda a informação gerada pode ser útil
para a conservação das espécies, pois quanto maior o conhecimento, mais assertivas ficam as decisões
voltadas à sua preservação.
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