VARIAÇÕES TEMPORAIS NO
ASSENTAMENTO DO MEXILHÃO
MYTILUS GALLOPROVINCIALIS EM
COLETORES ARTIFICIAIS DISPOSTOS
EM ÁREAS DE CULTIVOS NA ENSEADA
DE ZIMBROS, BOMBINHAS, SANTA
CATARINA.
Estrabão
Vol(2) :192196
©The Author(s) 2021
DOI: 10.53455/re.v2i.46
Leandro João da Silva
1
, Thiago Pereira Alves
1
and Sérgio R. Sanches
1
Resumo
No Brasil, as experiências pioneiras de mitilicultura datam da década de 70, por pesquisadores da Universidade de
São Paulo, Instituto Pesquisas da Marinha (RJ). A atividade comercial surgiu a partir de 1989 em Santa Catarina. Nos
últimos anos, tem se observado nos coletores e nas estruturas de cultivo a presença do Mytilus galloprovincialis em
Santa Catarina, contudo estas informações não estão sistematizadas, pois não se tem clareza do período de maior
ocorrência nem mesmo a proporção de assentamento desta espécie em relação com as variações temporais. Com
a finalidade de se obter estas informações, será realizado uma avaliação do assentamento do Mytilus, nas diferentes
estações do ano, em modelos de coletores, que são utilizados tradicionalmente pelos maricultores na baía de Zimbros,
Bombinhas (SC).
Palavras-chave
Mexilhão, cultivo, coletores, recrutamento
INTRODUÇÃO
A aquicultura como atividade humana vem crescendo
acentuadamente nas últimas décadas e já se apresenta como
uma alternativa para diminuir a carência por alimentos no
mundo (Roczanski, Costa, Boll, Oliveira, & Neto, 2000).
Segundo a Fao (2016), mais de 50 % de todo o pescado
consumido no mundo no ano de 2014 teve como origem
a produção aquícola. Esse setor produziu no ano de 2014
um total de 59,9 milhões de toneladas, movimentando
aproximadamente 120 bilhões de dólares.
No Brasil, a aquicultura está se consolidando como
importante atividade para o setor de produção de alimentos,
tendo seu crescimento constatado no País nos últimos anos.
A comercialização de organismos aquáticos provenientes da
aquicultura brasileira alcançou a marca de 479.397 toneladas
no ano de 2010 (FAO, 2012).
Dentro das modalidades de cultivo dos organismos aquáti-
cos praticadas no Brasil, pode-se citar a malacocultura
(cultivo de moluscos), que contribui significativamente no
desenvolvimento social e econômico de várias comunidades
localizadas em Santa Catarina, responsável por aproximada-
mente 95 % da produção nacional de moluscos de cultivo.
O cultivo de moluscos no estado de Santa Catarina
teve início em 1989, principalmente com marisco ou
mexilhão da espécie Perna perna (Roczanski et al., 2000).
Segundo a EPAGRI (2020), a malacocultura em Santa
Catarina, no ano de 2016, produziu 15.216 toneladas de
moluscos bivalves marinhos, gerando cerca de 54 milhões
de reais, dos quais mais de 36 milhões de reais foram
provenientes da produção de mexilhões, com 12.294,5
toneladas. O município com a maior produção permanece
sendo Palhoça, enquanto Bombinhas passou a ser o segundo
colocado, que anteriormente era Florianópolis . A atividade
envolveu 453 produtores em 2019, número pouco menor que
em 2018 (458 produtores). Esse comportamento pode indicar
uma tendência de estabilização, uma vez que reduções bem
mais significativas no número de produtores de mexilhões
vinham sendo observadas nos dois anos anteriores, 13,16%
em 2017 e 3,58% em 2018 (EPAGRI.2020).
Principal espécie de moluscos cultivada é o mexilhão
Perna perna, uma espécie nativa na região, ocorrer de
maneira abundante em costões rochosos e em algumas
áreas nas estruturas de cultivo ou em substratos artificiais
(coletores), não necessitando ser produzida em laboratório.
Outro fator que deve ser considerado é que os mexilhões
não necessitam de manejos periódicos como no caso das
ostras, que obrigatoriamente devem ser manejadas com a
finalidade de diminuir as densidades e substituir as lanternas
de cultivos.
1 Instituto Federal de Santa Catarina
Emails: thiago.alves@ifsc.edu.br (Thiago Pereira Alves),
sergio.sanches@ifsc.edu.br (Sérgio R Sanches)
Corresponding author:
Leandro João da Silva, Instituto Federal de Santa Catarina
Email: leandro.js@aluno.ifsc.edu.br
193
Estrabão (2) 2021
Nos municípios de Palhoça e Bombinhas, o assentamento
de sementes de mexilhões ocorre de forma bastante
intenso proporcionando uma adaptação na metodologia
de cultivo onde os maricultores disponibilizam substratos
para os indivíduos jovens se assentarem e serem mantidos
(cultivados) nestes substratos até atingirem o tamanho
comercial.
Nestes mesmos municípios além do mexilhão Perna
perna tem sido observada a presença de outra espécies
de mexilhão, o patagônico ou argentino (espécie Mytilus
galloprovincialis), que segundo alguns relatos têm aparecido
de maneira significativa nos últimos anos. De acordo com
Nelson J. (2007) a captação de sementes realizados pela
Fazenda Marinha Atlântico Sul verificou um surpreendente
recrutamento do mexilhão do Rio da Prata, Mytilus
galloprovincialis
Apesar de existirem relatos da presença da espécie Mytilus
galloprovincialis nos cultivos e nos coletores artificiais
dispostos em diferentes áreas de cultivo de moluscos em
Santa Catarina estas informações não estão sistematizadas,
pois não se conhece o período de maior ocorrência nem
mesmo a proporção de assentamento desta espécie em
relação a presença do mexilhão Perna perna. Uma vez que
há a presença de Mytilus galloprovincialis no litoral de
Santa Catarina, o Tendo como objetivo principal deste estudo
consiste em verificar se há relação sazonal no assentamento
de Mytilus gavoprovicialis nas diferentes estações do ano,
em diversos tipos de coletores utilizados pela maricultura na
enseada de Zimbros, Bombinhas, SC.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Considerando-se o constante aumento da população mundial
e a consequente demanda por alimentos, somados aos
efeitos da exploração desordenada da pesca, a aquicultura,
definida como o cultivo de organismos aquáticos, tornou-
se, com o passar dos anos, uma alternativa viável como
fonte de alimentação para as populações. Além disso, a
introdução da maricultura nas comunidades de pescadores
artesanais representa um grande potencial para promoção do
desenvolvimento econômico e social, tornando possível ao
pescador artesanal atuar em uma atividade relacionada com
suas origens.
Outro fator que impulsiona, em especial de cultivo de
moluscos, é o baixo custo inicial para a produção. De
acordo com Fagundes e colaboradores (1997), analisando
os custos e benefícios do cultivo de mexilhões, verificaram
que esta atividade se mostrou viável economicamente,
com um investimento e um custo operacional considerado
baixo. Além disso, o cultivo dos organismos aquáticos é
responsável pela geração de muitos empregos diretos e
indiretos e vem se mostrando como uma atividade rentável
e que proporciona um impacto social positivo em todas
as comunidades em que está estabelecida. Na aquicultura
nacional o estado de Santa Catarina se destaca na produção
de moluscos, com a produção de 15.381,44 toneladas em
2016 representando uma redução de 24,74% em relação ao
ano 2015 20.438 toneladas sendo o mexilhão Perna perna a
principal espécie entre as cultivadas. Segundo SEAP (2005),
cerca de 1.400 famílias já estão envolvidas com o cultivo
de mexilhões no Brasil. O estado de Santa Catarina possui
um papel muito importante dentro do cenário da aquicultura
nacional com 604 maricultores em 12 municípios do litoral
catarinense sendo mais de 600 famílias na atividade os
produtores estão organizados em 14 associações municipais
e 1 estadual, 3 cooperativas e 2 federações, (EPAGRI, 2016).
De acordo com MARENZI; BRANCO,(2006) a mari-
cultura se estabeleceu com a inovação de tecnologias e
reaproveitamento de resíduos da pesca (redes e cabos) que
se tornaram apetrechos para a mesma. Sendo de baixo inves-
timento que está associado a obtenção de sementes desta
espécie, que pode ser coletada no ambiente natural a partir da
imersão de coletores artificiais. Entretanto nos últimos anos,
em vários municípios produtores de marisco, tem observado
a presença mexilhão argentino Mytilus gavopovicialis de
acordo com MASELLO e MENAFRA (1998), esta espécie
se distribui desde o sul do Brasil até a costa do Uruguai
e Argentina estendendo-se até o estreito de Magalhães.
No Uruguai sua coleta é praticada através de mergulhos
em bancos naturais rochosos da região infralitoral (3 a 6
metros), principalmente nas regiões das ilhas Gorriti e Lobos
(MASELLO; MENAFRA, 1998). a zona de coleta na
Argentina é extensa e descontínua, com bancos entre os
35 e 50 metros de profundidade em fundos brandos com
cascalho (Penchaszadeh, 1974).
Segundo Rios (2009) esta espécie é pouco comum no
Brasil, com ocorrência descrita para o litoral do Rio Grande
do Sul e Paraná, entretanto Magalhães, Garcia, Faraco, and
Ferreira (1993), relatam uma surpreendente fixação desta
espécie no inverno de 1992, nas áreas de cultivo de moluscos
em Santa Catarina.
Há relatos que o intenso assentamento de mexilhão do
Prata no Brasil traz à luz evidências do processo de dispersão
dessa espécie em direção ao norte de sua área de ocorrência.
Por outro lado, se havendo concordância com Carlton (1999)
que considera a presença desse marisco nas costas dos
países platinos resultante de uma introdução, então esses
dois eventos de Santa Catarina possivelmente fazem parte do
processo de evolução desta invasão.
A invasão biológica de Mytilus gavopovicialis já havia
completado a fase de introdução ocorrida séculos atrás, assim
como estabelecimento, naturalização e rápida dispersão
da região do Prata em direção ao sul do continente.
Para o norte, já havia alcançado o Rio Grande do Sul
no final do século XIX (DALL, 1891; ) (Magalhães
et al., 1993). A partir daí, não se obtém informações
para o Brasil de bancos consistentes, mas sim eventos
de intenso recrutamento em estruturas de cultivo de
moluscos durante o inverno. A dispersão da maioria
dos organismos bentônicos ocorre durante seus estádios
larvais e as primeiras etapas pós-larvais (PRENZANT;
CHALERMWAT, 1984). Penchaszadeh (1974) verificou que
as desovas acontecem entre agosto e novembro, sendo
encontradas as larvas pelágicas e Planctotróficas.
É de conhecimento que a descarga de água continental da
América do Sul através do Rio da Prata durante o outono
e inverno forma uma frente, que se estende por uma faixa
estreita ao longo da costa uruguaia e do sul do Brasil, até
o norte da ilha de Florianópolis, localizada a mais de 1.200
km de seu estuário (PIOLA et al, 2005).
No entanto, a formação da frente oceanográfica do Prata
com intensidade suficiente para alcançar a costa catarinense
Silva, Alves and Sanches
194
não é anual. Mas, em 2007 as massas de águas do Prata
estiveram presentes na baía Sul, conforme Jr et al. (2008)
que apontaram diversas evidências para tal fato. Assim,
larvas geradas por desovas ocorridas em latitudes mais altas
poderiam ser transportadas pela massa de água. A duração
da “viagem” seria suficiente para que o ciclo larval se
completasse.
Na baía Sul (Florianópolis), grande quantidade de
estruturas artificiais estaria disponível para o assentamento.
E mais, dentro de estruturas como lanternas de cultivo de
moluscos, estariam protegidas de predadores facilitando em
muito a sobrevivência e estabelecimento de uma população
viável.
Descartando a hipótese que a espécie seria exótica sendo
que Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB, “espécie
exótica” é toda espécie que se encontra fora de sua área
de distribuição natural. “Espécie Exótica Invasora”, por sua
vez, é definida como sendo aquela que ameaça ecossistemas,
habitats ou espécies. Essas espécies, por suas vantagens
competitivas e favorecidas pela ausência de predadores e
pela degradação do ambiente natural, dominam os nichos
ocupados pelas espécies nativas, notadamente em ambientes
frágeis e degradados (MMA, 2000). Não tendo relatos dessa
espécie no livro de espécies invasoras ou exóticas.
A ocorrência desta espécie Mytilus gavopovicialis
vem sendo observado pelos mitilicultura catarinenses, neste
sentido é fundamental a sistematização de informações sobre
o período de assentamento desta espécie nos coletores que,
tradicionalmente são utilizados para a captação de sementes
da espécie Perna perna que é a cultivada em Santa Catarina
METODOLOGIA
A área utilizada para verificar o assentamento de Mytilus
galloprovincialis em coletores artificiais está situada no
Parque Aquícola Bombinhas, de propriedade da Fazenda
Marinha Silva Mar e do Programa Escola do Mar(PMar).
De acordo com TRUCOLLO (2006), a região possui um
regime de micromaré mista, com predominância semidiurna,
tendo uma variação de 0,4 a 1,2 metros, nas marés de
quadratura e sizígia respectivamente, podendo alcançar até
1 metro acima do nível previsto em condições de marés
meteorológicas (TRUCCOLO, 1998; TRUCOLLO, 2006).
Segundo (ARAÚJO et al, 2003; ) (E. M. F, K, & M, 2006),
as ondas provenientes de Leste com período de 8 segundos
e altura média significativa de 1,25 metros; e swell oriundos
do Sul com período de onda de 12 segundos, aumentando
a altura da onda do verão para o inverno, variando de 1,25
à 2 metros. Os valores médios de precipitação na região de
estudo estão em torno de 1600 mm por ano, sendo inferior
a 85% os valores de umidade relativa do ar. As temperaturas
do ar médias anuais ficam em torno de 20 C (DIEHL &
HORN FILHO,1996). Em condições normais o ATAS gera
vento de nordeste que são os que predominam no litoral de
Santa Catarina, mas em situações de frente fria ocorrência
de ventos de Sul gerados pelo Anticiclone Móvel Polar ( ;
TRUCOLLO et al, 2006) (Nobre et al., 1986).
Para o estudo foi criado duas unidades de referência
técnica disposta no modelo da figura 1 na qual é gerida pela
parceria técnica da Prefeitura de Bombinhas com escritório
da EPAGRI , Programa Escola do Mar além da parceria com
a Fazenda Marinha Silvamar,esse modelo é para comparar as
áreas de cultivos de Canto Grande como a de Zimbros, para
verificar se ocorre a homogeneidade da distribuição de larvas
de mexilhão como também o seu recrutamento.
Serão imersos coletores num sistema do tipo “long-line”
duplo com flutuadores de polietileno de alta densidade
(PEAD) de 200 litros nas unidades de referência técnica do
município de Bombinhas figura 1 . A coleta das sementes
ocorreu nos primeiros 50 cm de profundidade. A salinidade
será medida com salinômetro tipo refratômetro, e com
o protótipo de datalog. A temperatura será acompanhada
com termômetro simples e com um mini registrador de
temperatura à prova d’água (TIDBIT), que utiliza a estação
base “stow away” para comunicação com o PC.
Essa estrutura tem 2 cabos de linha mestre de longlines
medindo cerca de 70m cada (cabos importados da Nova
Zelândia e cabos de seda, com bitolas apropriadas).
Alguns cabos terão emendas, mas isso não inviabiliza sua
utilização...são bem resistentes;serão usados 4 boias de
PEAD com volume 180-200 litros semi novas para longlines
duplos (sistema contínuo).
Para esse projeto foram confeccionados coletores do tipo
artesanal Tupiniquim (Silva;2018), com o objetivo de utilizar
o mesmo tipo de coletor que são tradicionalmente utilizados
pelos maricultores da região e com isso estar de acordo
a realidade do local e da maricultura do Parque Aquícola
Bombinhas.Este coletor foi composto por um cabo central
de polipropileno trançado, com diâmetro de 14 mm, que
é revestido por uma rede de pesca de poliamida usada
(abertura de malha 13 cm) com fio 0,60 mm com 25
malhas de altura e 100 m de comprimento, sendo que para
cada 100 metros de coletores foram utilizados em torno
de 20 panos de rede. O objetivo da rede é proporcionar
para as larvas de moluscos uma superfície macia e cheia
de área para fixação,será colocado cabos coletores do
tipo megaloop importado da Nova Zelândia;Cabo de alças
longas e alma reforçada, especial para Mitilicultura.Cabo
fabricado especialmente para o uso em cultivos de mexilhão
Perna perna.Todo o material contém aditivo “Carbon black”
estabilizador de raios UVs, que confere máxima resistência
à longa exposição de raios UVs.Fabricado com mistura
de polímeros Polietileno (PE) e Polipropileno (PP) para
suportar até 10 anos de uso contínuo com máquinas.
O coletor do tipo árvore de Natal com grande
área filamentosa, tem se mostrado compacto e leve,
proporcionando um aumento substancial da área disponível
para assentamento por metro linear de coletor. Além do cabo
coletor tipo árvore de natal importado da nova zelândia tem
grandes resultados no estado de Santa Catarina.
Para avaliar a presença de Mytilus serão imersos no
início de cada estação do ano, os coletores artificiais com
uma duração de 3 meses . Sendo emergido 15 metros
de cabos coletores que são tradicionalmente utilizados
pelos maricultores no município de Bombinhas.e cabos
industrializados Estes coletores são confeccionados com
padrão descrito por OLIVEIRA NETO et al (2006) com
cabos de propileno trançado e torcido com rede de poliamida
grande, uma superfície macia e cheia de área para fixação
e dispostos de maneira horizontal na área de cultivo, sendo
mantidos próximo a superfície com o auxílio de garrafas
plásticas. Passando o período de imersão, que deve durar em
torno de 90 dias, serão coletadas 5 amostras aleatórias de 0.2
metro do cabo coletor, que posteriormente serão conduzidas
195
Estrabão (2) 2021
Figure 1. Imersos coletores
para o laboratório onde será feito a quantificação das espécies
de mexilhões assentados, para que seja possível identificar a
proporção de assentamento entre estas espécies.
Os parâmetros abióticos como salinidade e temperatura na
área de cultivo serão avaliados semanalmente. A partir da
coleta de amostras de água próximo dos coletores, onde a
avaliação da temperatura será realizada com auxílio de um
termômetro analógico e de um refratômetro para mensurar a
salinidade na área de cultivo. Para análises estatísticas será
utilizado o programa R Studio, na qual serão utilizados a
análise de variância (ANOVA). Para comparar os dados das
séries, períodos, estação e parâmetros abióticos.
RESULTADOS ESPERADO
Com os resultados encontrados teremos os seguintes e
possíveis produtos: a construção de conhecimento para oferta
de consultoria na implantação de sistemas de monitoramento
ambiental. Obter conhecimento sobre o comportamento da
fertilização e assentamento e recrutamento das espécies
sobre as variações do clima. Além da criação de duas
unidades de referência técnica de mitilicultura e duas
unidades de referência técnica de algicultura e uma de
piscicultura marinha essas unidades servirão para possíveis
locais para pesquisa futura, além de uma área didática
pedagógica para educação ambiental para o programa escola
do mar.
Importante salientar a criação do acervo de organismos
marinho da escola do mar,coletados pelas expedições feito
a partir do planejamento das áreas de referência técnica que
já no momento se tem mais de 200 organismos coletados,
além das ações socioeducativas como retirada de mais de
20 toneladas de resíduos do mar, que na saída verificou se
muito lixo ou resíduos nos costões ,no qual impulsionou
fazer um ação voluntária de limpeza do mesmo, além de
proporcionar ações educativas para retirada do mesmos. Sem
contar as palestras de conscientização ambiental e letramento
oceanico.
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